sábado, 4 de dezembro de 2010

Sinto ter deixado algo lá trás. Algo que me fazia sorrir, fazia-me chorar, é verdade. Porém, fazia-me sorrir. Os dias se arrastam e eu me pergunto até quanto tempo isso terá que ser assim. Quais são as emoções que ainda não senti? O que mais a vida tem de especial para me apresentar? Quero sentir o que chamam de amor, essa verdade tão pura que algum dia me arrancou sorrisos. Sorrisos vindos da alma. Sorrisos de corpo inteiro.
Não quero coisas fúteis. Não dessa vez.
Quero coisas simples.
Quero a sensação confortável e verdadeira, a mesma que uma criança sente quando abraça um simples urso de pelúcia.
Quero confiar.
Quero um afago nos cabelos.
Quero chorar ao ler uma carta.
Quero ter alguém pra lembrar quando assisto filmes românticos.
Quero batatas fritas divididas.
Alianças trocadas.
Mãos entrelaçadas.

...Sento em um canto. Paro para observar as pessoas. O mundo sempre foi tão banal assim?


Sinto-me vazia. Incompleta. Meu lugar é qualquer um, menos este.

3 comentários:

  1. Uma delícia ler teus vazios, bem parecidos com os meus...

    Risos!!

    [Quero coisas simples]

    "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho." (Clarice Lispector)."

    Beijinhos...

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  2. Perfeitamente entendível.

    Sim, sempre foi. O mundo não muda porque você está amando ou não, sendo amada ou não. A banalidade continua e o caos segue em frente.

    Lamento não comentar muito mais que isso; Não estou nos meus melhoresd dias. Mas dá pra entender o que você sente e o que você pensa :)

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  3. Uau. Muitos textos meus são parecidos com a idéia deste. Todos têm seus desejos/flições, claro. Gosto da maneira clara e sentimental que você propõe.
    Abraço.

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